sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Tuning: listen, hearing and respecting

Tuning é aprender a escutar - listening- e escutar requer certo esforço, uma vez que ouvimos o tempo todo. Ouvir - hearing- é só perceber sons sem a devida compreensão; numa conversa é não prestar atenção, é querer o tempo todo ocupar o ouvido do outro com a nossa fala, pois não desenvolvemos a noção que uma conversa se faz ao exercitamos os silêncios para podermos enfim falarmos.

Tuning é aprender isso, esse isso de ter paciência para escutar o outro e dai, yes, podermos pedir que tenham paciência com a gente também e que nos escutem - listening. Afinal, para ser compreendido pelo outro, precisamos descobrir se sabemos also compreender o outro e essa compreensão começa com um efetivo listening - do you know how to do it? Do you know what I mean?

Tuning é estudar, as a learner, que todos nos absorvemos as coisas do mundo no nosso ritmo. Há pessoas que absorvem as coisas do mundo mais rapidamente, há outros que levam mais tempo. Percebemos quem respeita esse ritmo alheio quando estamos em grupo.

Em grupo, geralmente, mostramos se estamos preparados para ser compreendidos pela demonstração que damos da nossa tolerância com os erros alheios. Quando aprendemos uma língua estrangeira, por exemplo, pode ser que haja algumas palavras ou tópicos que compreendemos mais rápido que os nossos colegas e por eles não compreenderem tão rápido quanto a gente, pode ser, que em um momento ou outro, tenhamos uma atitude com os nossos colegas de aprendizado que lembra a atitude que alguns estrangeiros assumem quando tentam conversar com a gente e obviamente não demonstram nenhuma vontade de tentar nos entender. Are you like that?  Do you really  have patience with your classmates?

Os estrangeiros, em sua minoria ( Thanks God!) que falam conosco possuem essa atitude de não ter paciência com os nossos erros em inglês e com o ritmo da nossa fala porque eles ( esses) são ignorantes das dificuldades e desafios que é estudar e dominar uma língua estrangeira ( THEIR problem!) ; os alunos que não possuem paciência com os seus colegas numa sala de aula e criticam seus peers por não serem tão rápidos quanto eles são, estão apenas reproduzindo o comportamento dos estrangeiros.

Contudo, os alunos que reproduzem em sala de aula o comportamento intolerante dos estrangeiros possuem um papel importante para seus peers que enfrentam essa dificuldade (mas eventuallly chegarão lá). Como não é possível convidar um desses estrangeiros para reproduzirem seus comportamentos egoístas em classe ( turistas idiotas ou executivos sem noção que precisam se comunicar para conseguirem o que desejam), os alunos sabichões e intolerantes desempenham esse papel do gringo intolerante melhor do que os próprios estrangeiros; sendo assim, precisamos ter em cada grupo, alguém que possa play this role e criar um certo atrito para mostrar para o resto do grupo que para se comunicar numa língua estrangeira, todos os alunos devem aprender a lidar tanto com quem os respeita quanto com quem não terá a menor paciência com os seus erros.

Se eles aprenderem essa lição bem, teremos criado em sala de aula um cidadão global que respeitará qualquer falante de língua inglesa de qualquer parte do mundo, mesmo se esse falante cometer erros ou tenha gaps em sua estrutura de fala - tuning - e tudo o que esse cidadão global precisou fazer foi listening.

Professor Frank Oliveira