quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Language and Enchantment: The Laughter and The Clown (part 1)


The Secret Behind the Learning Tree Part V 

Há diversas formas de se referir ao riso em inglês. Assim como temos as palavras sorriso, rir e gargalhar; no inglês, também há diversas formas de expressar a risada: sorrir (to smile), rir (to laugh), dar risadinha (to giggle) and so on and so forth. Na apresentação da Learning Tree, temos também espaço para o humor e para o palhaço. Nessa newletter de hoje, vamos estudar as influências do riso e do clown nas aulas e em como essas ferramentas podem nos ajudar a aprender melhor.

Uma das coisas mais óbvias que podemos afirmar sobre o riso é a sensação de prazer que isso nos proporciona e a leveza emocional que o riso provoca. No começo, quando eu comecei a usar essa ferramenta, eu não sabia que quanto mais o aluno se diverte, melhor a informação é absorvida.

É claro que não posso afirmar isso cientificamente, falta-me provas, números e estatísticas que possam atestar a favor da minha observação; contudo, perceber que o meu aluno aprende melhor através do riso, da brincadeira e do ambiente agradável que a aula se torna, fez com que eu começasse a estudar a influência do riso no aprendizado em geral e também, pouco a pouco, introduzir em minha aulas, a figura do palhaço. Porém, antes de entrarmos na “energia “pagliana”, vamos aprender um pouco sobre o riso e os seus efeitos no aprendizado.

Há diversos estudos feitos pela Universidade Osaka no Japão e pela Universidade de Maryland em Baltimore, nos Estados Unidos, que comprovam que durante o riso, tanto faz se for um pequeno hahaha ou uma gargalhda, ocorre uma descarga de endorfinas na corrente sanguínea que chega aos centros de prazer cerebrais e os estimula. Quanto maior o estimulo, mais vontade de repetir a experiência. Aparentemente, o sistema cerebral “se diverte” quando percebe uma incongruência (o surreal numa piada, num gag ou numa palhaçada típica chapliana ou circence) e consegue solucioná-la. A expressão disso pode vir por meio de um sorriso ou de uma estridente laughter.

Quando soltamos uma boa gargalhada, o ritmo cardíaco acelera, circulando mais sangue pelo organismo, o que provoca mais oxigenação dos tecidos. Como a absorção de oxigênio aumenta, a inalação de ar é mais profunda e a expiração mais forte, eliminando o excesso de dióxido de carbono e outros elementos nocivos, ou seja, rir promove também, uma limpeza no corpo. Rir trabalha também os músculos abdominais, melhorando a digestão e por fim, durante a gargalhada, os níveis de hormônios do stress baixam; com menos cortisol e adrenalina no organismo, o sistema imunológico se fortalece e qualquer pessoa que já aprendeu algo complicado sabe que quanto mais bem-disposto estamos e quanto mais a lição for divertida, mais significante se torna aquela experiência e se essa experiência tiver como base o aprendizado de uma língua estrangeira, maior serão as chances de conseguirmos guardar as informações.

De acordo com David Lewis, psicólogo inglês, em artigo publicado pela revista Júnior em Portugal, a conclusão de um estudo conduzido por 40 anos com crianças em idade pré-escolar aponta que quando as crianças são incentivadas a rir, as competências de aprendizagem e memória melhoram.

A importância do riso no desenvolvimento cognitivo não ocorre somente com crianças. Apesar dos adultos terem uma forma de assimilação de aprendizado bem diferente de uma criança (a criança tem abertura ao novo e é curiosa a tudo, pois conhece muito pouco do mundo); ao adentrarem uma classe de inglês onde o ambiente é alegre, descontraído e o riso é parte das ferramentas de aprendizado, esse adulto tende a baixar suas defesas e ser menos seletivo em relação á aquilo que ele julga “ter “ que aprender e todo o “stress” da pressão de aprender um segundo idioma (stress que atrapalharia a absorção) dá lugar a uma corrente de endorfina, que imediatamente traz ao organismo um estado de libertação das tensões, estabelecendo um sentimento de tranqüilidade orgânica, tanto psíquica quanto emocional, ou seja, o adulto fica pronto para aprender algo novo.

O adulto fica pronto para aprender esse algo novo, pois o riso, apontam os estudiosos do humor, os gelotólogos (do grego gelos – riso), aumenta a resiliência (GRIT), o equivalente psicológico da resistência física. Com resiliência, os alunos aumentarão a capacidade de suportar as crises e frustrações que o aprendizado de língua estrangeira provoca por ser um objetivo de longo prazo e não tão “fast food” como tentam vender certas escolas de inglês com seus cursos relâmpagos.

Sim, riso ajuda a aprender; mas não é todo tipo de humor que provoca o riso em um adulto (nem mesmo numa criança), that’s why, eu comecei a estudar e experienciar nas salas de aula, a presença do Clown.

A palavra Palhaço deriva do italiano paglia, que quer dizer palha, que era o material usado no revestimento de colchões. O nome começou a ser usado porque a primitiva roupa desse cômico era feita do mesmo pano e revestimento dos colchões: um tecido grosso e listrado, e afofada nas partes mais salientes do corpo com palha, fazendo de quem a vestia um verdadeiro "colchão" ambulante. Esse revestimento de palha os protegia das constantes quedas e estripulias. Já a palavra clown é de origem inglesa e tem origem no século XVI. Deriva-se cloyne, cloine, clowne. Etimologicamente vem de clod, que em inglês significa "camponês" e ao seu meio rústico, a terra. O termo em inglês é amplamente utilizado, por conta da influencia do britânico Philip Astley. 

O clown (ou palhaço) é lírico, inocente, ingênuo, angelical e frágil. O clown não interpreta, ele simplesmente é. Ele não é uma personagem, ele é o próprio ator expondo seu ridículo, mostrando sua ingenuidade. Na busca desse estado, o ator, portanto, não busca construir um personagem, mas sim encontrar essas energias próprias, buscando transformá-las em seu corpo. Para tanto, cada ator desenvolve esse estado pessoal, de clown, com características particulares e individuais.

Embora vinculado aos circos, o palhaço pode atuar também em espetáculos abertos, em teatro, em programas de televisão ou em qualquer outro ambiente. É geralmente vestido de um jeito engraçado, com trajes desproporcionados e multicoloridos, com aplicações de pinturas (maquiagens) especiais e acessórios característicos. Entretanto, há diversos tipos de palhaço, como o melancólico, romântico, bufão, tramp (mendigo), etc.

O uso da energia do palhaço para outros fins além do entretenimento foi a raiz do trabalho do médico Hunter Adams, vulgo " Patch" Adams ( sua história ficou conhecida pelo filme estrelado por Robin Williams em 1998) . Ele ficou famoso no mundo inteiro por defender que a alegria, o humor, o amor e a criatividade devem estar presentes na medicina e que ao trazer o palhaço para dentro do hospital, o riso poderia ser uma ferramenta que auxiliaria a cura ou a melhora de vida de seus pacientes. Patch criou o Instituto Gesundheit ( saúde em alemão) para difundir a sua filosofia da " arte do cuidar". Patch Adams inspirou a fundação dos " Doutores da Alegria" aqui no Brasil.

E o aprendizado? O que tudo isso tem a ver com aprender inglês?

Leia na continuação desse artigo: http://cirandadoingles.blogspot.com/2013/11/language-and-enchantment-laughter-and_13.html

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