Conversando com alguns professores, friends of mine, que dão aulas para brasileiros na Inglaterra e nos Estados Unidos, perguntei como eles conseguiam dar aulas para grupos de alunos estrangeiros dos mais variados. Explico, quando fazemos um curso de General English abroad, dividimos a classe com asiáticos, latinos, europeus e gente de toda parte do mundo. Se dar aulas only para grupos de brasileiros já é tão complicado, justamente pelos alunos serem tão diferentes, imagine dar aulas para estrangeiros de diversas nacionalidades e culturas ao mesmo tempo.
According to them, o desafio é encontrar um caminho de passar a informação que possa servir para todos, contudo, essa tarefa é sempre cheia de surpresas e mudanças de metodologia, pois os recursos usados para um grupo não têm apelo para o outro e vice-versa. Then, perguntei se eles poderiam traçar um perfil dos learners de acordo com suas nacionalidades e eles me enviaram o resumo abaixo, pedindo o cuidado para que eu levasse in account que mesmo dentro de um grupo específico, há variáveis que fogem ao perfis apresentados abaixo:
Japoneses: possuem uma memória fantástica para vocabulário e grande dificuldade com estrutura gramatical. Não se arriscam a ir além de frases simples, a não ser que tenham certeza absoluta de que estão 100% corretos. Quando se encontram com outros de mesma nacionalidade, passam boa parte do tempo falando seu próprio idioma.
Coreanos: são "japoneses latinos" (jargão criado pelo meu amigo americano Nathan). Possuem as mesmas dificuldades e facilidades dos japoneses, porém arriscam mais.
Italianos: possuem grande vontade de se comunicar, adoram usar o que aprendem, mas cometem muitos erros. Não possuem paciência para aprender a correção, odeiam ser corrigidos e misturam inglês com italiano, acreditando verdadeiramente que podemos entendê-los. São grandes comunicadores, mas alunos terríveis.
Alemães: são os primeiros a chegarem e os últimos a saírem. Anotam tudo o que ensinamos, entregam os home-works e fazem questão de serem corrigidos. Possuem grande dificuldade com algumas pronúncias de palavras, demoram para aprender, mas quando aprendem, falam muito bem, apesar do sotaque carregado. Contudo, não interagem com os outros alunos e evitam ao máximo participarem de happy-hours e festas. Não são bem vistos pelo grupo, pois possuem o hábito de corrigir os outros alunos.
Europeus (diversos países): possuem facilidade em aprender as estruturas gramaticais, e demoram mais em adquirir vocábulos mais complexos e formais. São pacientes e muitos deles chegam rapidamente em um nível de comunicação tão bom ou melhor que os nativos. Porém, são os que cometem mais gafes culturais ao usarem falsos cognatos ou reproduzirem comportamentos de seus países na maneira como se expressam.
Árabes (diversos países do oriente-médio): querem sempre aprender frases e expressões que os ajudem na vida real, não gostam de aprender conteúdo de contextos não familiares. Se divertem muito quando estão tentando falar e vibram como se ganhassem na loteria quando se comunicam.
Africanos (diversos países da África): possuem muita vontade de aprender, mas são extremamente impacientes. Apesar do sotaque carregado, assim como os europeus, eles possuem facilidade em aprender as estruturas gramaticais.
Latinos (diversos países da América Latina): apesar do sotaque carregado e da dificuldade inicial em aprender as estruturas da língua, conseguem aprender bem. Iniciam os cursos bem tímidos, mas depois, com certa segurança, se tornam bem falantes, muitas vezes, acabam até atrapalhando o resto da aula. Falam muito sua língua nativa, assim como os japoneses, quando encontram outros latinos na sala de aula.
Argentinos: começam muito mal, sem entusiasmo, mas depois de um certo tempo, conseguem aprender muito rápido e atingem graus de fluência com extrema facilidade. São um dos únicos grupos de latinos que, mesmo tendo outras pessoas da mesma nacionalidade, não se comunicam em seu idioma.
Brasileiros: começam muito bem o curso, com grande entusiasmo, mas a maioria, ou larga na metade do curso ou começa a faltar muito. Têm facilidade de aprendizado e seu sotaque não é tão carregado quanto os dos outros países latinos. Passam boa parte do tempo do aprendizado lutando contra o que aprendem, querendo saber os porquês e razões de uma estrutura ser assim e não assado. Não querem usar certas palavras por acharem o significado ou a pronúncia feia - e assim como os italianos -, misturam muito seu próprio idioma com inglês, além de criarem palavras que não existem.
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