Claudia aprendeu a ser uma Learner faz algum tempo e o resultado é que ela tem uma capacidade de memorização e associação que eu gostaria de transferir para boa parte dos meus alunos.
Nunca vi aluna mais feliz em fazer seus home works ou ser tão pontual em me enviar as lições e o resultado é que ela aumentou seu vocabulário e já domina os elementos básicos da gramática inglesa de tal forma, que para ela já é natural que na terceira pessoa, o verbo se altere ou que no passado, temos que usar formas regulares e irregulares dos verbos.
Ela já demonstrou que vai alcançar sua tão sonhada “fluência” daqui há alguns meses; porém, nos últimos dias, algo vem ocorrendo: as suas lições não chegam mais a tempo, e muitas vezes, ela chega à aula sem ter feito seu trabalho em casa.
- Estou trabalhando demais, professor – disse ela – não consigo ter tempo para estudar. O senhor entende, né?
- Well...
É claro que eu compreendo, quis dizer para ela, porém... como explicar para ela que é justamente nessa fase que ela precisa mais ainda estudar? Como explicar para ela que ela só precisa de um minutinho e um pouquinho mais de esforço para continuar a melhorar?
Aprendi algo em uma das minhas aulas de teatro que jamais esqueci. Certo dia, o nosso professor fez um exercício, cuja finalidade era literalmente nos levar a exaustão física e mental, com o intuito de, a partir dai, dar vida ao personagem que iríamos interpretar. Quando chegamos ao final do exercício e felizes, caímos no chão de cansaço, ele mandou que levantássemos. A maioria, incluindo eu, começou a reclamar do cansaço e de que precisávamos descansar e ele nos disse:
" Sempre podemos mais um pouquinho! Essa é a lição que todo profissional competente deveria aprender. Quando pensamos que já não agüentamos mais nada, se tentarmos só mais um pouquinho, vamos descobrir que havia mais força e energia guardado aí dentro de vocês, energia e força que estavam sendo usados equivocadamente para vocês reclamarem."
Então, mesmo a contra-gosto, levantamos e para a nossa surpresa: sim! Ainda havia um pouquinho de energia e um tantinho de força extra que acabamos usando para dar vida ao nosso personagem.
Sim, “um minutinho” e “ um pouquinho” faz uma grande diferença no seu progresso, my dear learner. Se vocês pensarem bem, sempre sobra um minutinho no ônibus, na hora do almoço, no intervalo da novela, enquanto espera o namorado, enfim, se vocês dedicarem um minutinho por dia, são 5 minutos por semana, 20 por mês, 240 minutos por ano de self-study.
- Mas eu consigo fazer isso em um dia! – Claudia disse.
- Claudia, não é o tempo de estudo e sim a frequência de estudo – respondi – A frequência traz muito mais resultado que a quantidade. Lembra quando eu disse “um pouquinho”?
Esse “um pouquinho” é que reforçará tudo aquilo que você já aprendeu nas aulas.
Sem esse “um pouquinho” você não terá condições de reter o aprendizado de uma língua nova e estará condenando tudo aquilo que você pensa que aprendeu ao esquecimento.
Por isso, os professores insistem tanto que as crianças façam suas lições e que os pais garantam que isso ocorra.
Por isso, a metodologia da nossa escola é baseada em self-study, pois queremos que você, dear learner, aprenda de fato que o projeto de aprendizado do seu inglês é nossa responsabilidade e se unirmos um minutinho de tempo comigo mais um pouquinho de prática contigo, você vai aprender a little bit, um pouquinho, mas esse pouquinho será para a vida inteira e não apenas parte de mais uma lição esquecida.
A Ciranda do Inglês é um blog interativo da escola "A Frank Experience" e visa a divulgação de artigos relacionados ao aprendizado e aquisição da língua Inglesa. A Frank Experience é um centro de aprendizagem que oferece aos seus alunos uma chance de vivenciar situações inéditas e desafiadoras, onde suas habilidades de comunicação através da fala, linguagem corporal, criatividade, entre outras habilidades podem ser postas em prática.
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