Tuning é aprender a escutar - listening- e escutar requer certo esforço, uma vez que ouvimos o tempo todo.
Ouvir - hearing- é só perceber
sons sem a devida compreensão; numa conversa é não prestar atenção, é querer o
tempo todo ocupar o ouvido do outro com a nossa fala, pois não desenvolvemos a
noção que uma conversa se faz ao exercitamos os silêncios para podermos enfim
falarmos.
Tuning é aprender
isso, esse isso de ter paciência para escutar o outro e dai, yes, podermos
pedir que tenham paciência com a gente também e que nos escutem - listening.
Afinal, para ser compreendido pelo outro, precisamos descobrir se sabemos also
compreender o outro e essa compreensão começa com um efetivo listening - do you know how to do it? Do you know what I mean?
Tuning é estudar, as a learner, que todos nos
absorvemos as coisas do mundo no nosso ritmo. Há pessoas que absorvem as coisas
do mundo mais rapidamente, há outros que levam mais tempo. Percebemos quem
respeita esse ritmo alheio quando estamos em grupo.
Em grupo, geralmente, mostramos se estamos
preparados para ser compreendidos pela demonstração que damos da nossa
tolerância com os erros alheios. Quando aprendemos uma língua estrangeira, por
exemplo, pode ser que haja algumas palavras ou tópicos que compreendemos mais
rápido que os nossos colegas e por eles não compreenderem tão rápido quanto a
gente, pode ser, que em um momento ou outro, tenhamos uma atitude com os nossos
colegas de aprendizado que lembra a atitude que alguns estrangeiros assumem
quando tentam conversar com a gente e obviamente não demonstram nenhuma vontade
de tentar nos entender. Are you like that? Do you really
have patience with your classmates?
Os estrangeiros, em sua minoria ( Thanks God!) que
falam conosco possuem essa atitude de não ter paciência com os nossos erros em
inglês e com o ritmo da nossa fala porque eles ( esses) são ignorantes das
dificuldades e desafios que é estudar e dominar uma língua estrangeira ( THEIR
problem!) ; os alunos que não possuem paciência com os seus colegas numa sala
de aula e criticam seus peers por não serem tão rápidos quanto eles são, estão
apenas reproduzindo o comportamento dos estrangeiros.
Contudo, os alunos que reproduzem em sala de aula o
comportamento intolerante dos estrangeiros possuem um papel importante para
seus peers que enfrentam essa dificuldade (mas eventuallly chegarão lá). Como
não é possível convidar um desses estrangeiros para reproduzirem seus
comportamentos egoístas em classe ( turistas idiotas ou executivos sem noção que
precisam se comunicar para conseguirem o que desejam), os alunos sabichões e
intolerantes desempenham esse papel do gringo intolerante melhor do que os
próprios estrangeiros; sendo assim, precisamos ter em cada grupo, alguém que
possa play this role e criar um certo atrito para mostrar para o resto do grupo
que para se comunicar numa língua estrangeira, todos os alunos devem aprender a
lidar tanto com quem os respeita quanto com quem não terá a menor paciência com
os seus erros.
Se eles aprenderem essa lição bem, teremos criado
em sala de aula um cidadão global que respeitará qualquer falante de língua
inglesa de qualquer parte do mundo, mesmo se esse falante cometer erros ou
tenha gaps em sua estrutura de fala - tuning - e tudo o que esse cidadão global
precisou fazer foi listening.
Professor Frank Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário