terça-feira, 5 de fevereiro de 2013



Acabou, Tia!

Jureminha repete tudo o que eu falo:
- Não!
- Não!
- Pára!
- Pára!

Tudo é eco, repeteco, currapaco, paco-paco, minha filha virou um papagaio. 

Nunca prestamos tanto atenção no que é dito em casa. Qualquer coisa ela repete, daí então, Auri sempre me lembra: cuidado com o palavrão. 

Como engolir o palavrão quando a porta fecha na mão e a pedra se encontra com o pé? 

Não dá! Tem que dá, ser pai é não somente padecer no paraíso, mais também engolir todos os sapos, sopapos e palavrões que a boca anseia em soltar. 

Porém, tudo vale a pena pela nossa pequena ( me processa, Pessoa!!!). O único problema é que eventualmente ela vai acabar chegando em casa com algum palavrão na ponta da língua, mas até lá, resta acabar essa crônica pela metade, repetindo o que minha filha provavelmente diria no fim de alguma coisa:

- Acabou, Tia! 

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