quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Practicing English outside School

By Josef Essberger

When you are learning English, it is very important to use and practise your English as often as possible. If you are studying in a school, you have some good opportunities to practise. But what can you do after school, or if you are studying alone, to continue practising?

In fact there are many things that you can do outside school to improve your English. Let us consider the 4 skills that you need to develop to use a language well:

1.LISTENING
2.SPEAKING
3.READING
4.WRITING
Here are some of the ways you can improve these skills outside school:

LISTENING
Listening to English is one of the most important things you can do to improve your English. Do not try too hard to understand everything. Just listen and you will soon understand. You have several possibilities:

CDs, MP3 and Podcasts
Listening to songs can be useful in helping you to "feel" the language. It does not matter if you do not understand everything.

Television
On television, you have a big choice of programmes: films, chat shows, documentaries, news. In many parts of the world you can watch English-language television, for example:

•BBC
•CNN
Many television stations have Internet sites which give details of frequencies.

Radio
This is another excellent way to practise your English. Here are 2 stations that you can listen to world-wide:

•BBC World Service
•Voice of America
Films
You can watch films in English on video at home. In some countries, you can watch films in English at the cinema. Watching with video is a very good method because you can replay parts that you do not understand. If you watch a video with English sub-titles, you can cover the sub-titles with paper. Then, if there are some words that you really do not understand, you can remove the paper and look at the sub-title. But be careful! The sub-titles are not always an exact translation.

SPEAKING
Speaking English is one thing that you cannot do alone!

You can listen to English alone.
You can read English alone.
You can write English alone.

But, you run a serious risk if you speak to yourself in English! That is why you should speak as much as possible at school where there are people to speak to.

How can you speak English outside school?

That depends on where you are. But you should make a big effort to find somebody for conversation practice. In a large city, it should not be difficult to find people who speak good English. You can put an advertisement in a local newspaper. There may even be some English or American pubs or clubs where people speak English. You may find an English person, for example, who wants to practise your language. Then you can do a conversation exchange. Outside the big cities, you need to be more imaginative. Perhaps you can use the telephone. Or even the Internet, if you are equipped with an Internet phone.

READING
Reading is an excellent way to learn new vocabulary. But you need to read the right level of English. If it is too difficult, you may become discouraged. If it is too easy, you will make no progress. Try to read something that is slightly above your level. Try to understand the meaning of a new word from the context. If you really cannot understand, use a dictionary and record the word.

What can you read? Well, there is no shortage of reading material: books, poetry, newspapers, magazines, Internet.

There are so many books - fact or fiction - that it should not be difficult to find something suitable. Perhaps you already have some books in English. Or take a look in a library or bookshop. In many cities you can use the library of the British Council.

Some publishers produce 'simple' books for beginners. They are short, simplified stories. Usually they have notes and explanations.

We also have some short stories and classic texts in English Club English Reading with notes to help you.

Newspapers
You can learn a lot of new vocabulary from a newspaper. You can find British or American newspapers in all the big cities of the world. Some countries publish special English-language papers: the 'Bangkok Post' in Thailand or the 'Straits Times' in Singapore, for example.

Here are some British and American newspapers. They are available at news-stands in big cities and at airports and main railway stations.

British:

•The Times
•The Telegraph
•The Financial Times (especially for business)
•The European (weekly - especially about Europe)
•'The Sunday Times' (weekly)
American:

•International Herald Tribune
•Washington Post
Magazines
Try reading a magazine regularly. You can subscribe to a magazine and have it delivered anywhere in the world.

•Time (general interest)
•Newsweek (news)
•The Economist (business)
•Cosmopolitan (fashion, leisure)

WRITING
Practise your English by writing letters to a pen friend. Today, with the Internet, this is very easy. You can exchange letters by email. To find a pen friend from anywhere in the world, check out English Club ESL Forums.
There are several communities as well on the What'sApp.


Apps
The best applicatives for learning English:
http://www.tudocelular.com/android/apps/melhores-apps-para-aprender-ingles_t73.html

Josef Essberger
Source: http://www.englishclub.com

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Como desenvolver a compreensão do inglês falado

Por Rubens Queiroz de Almeida

Muitos anos atrás, quando eu era professor de inglês, eu recebi a incumbência de exibir semanalmente um filme em inglês para os alunos. Eram os primeiros anos do vídeocassete, acho que em 1980 ou 1981. Os filmes vinham pelo correio de uma videolocadora no Rio de Janeiro. As cidades ainda não tinham videolocadoras em cada esquina. E os vídeos também não tinham legendas. Para entender alguma coisa, só sabendo falar bem a língua inglesa. Bem, isto é a teoria.

Além da grande responsabilidade de operar o videocassete, caríssimo, eu tinha que assistir os vídeos. O primeiro filme chama-se Síndrome da China, com Jane Fonda. Para a grande estréia havia um grande número de pessoas, umas cinquenta, eu acho. A sala estava cheia. E o filme começou. Não entendi quase nada, uma ou outra palavra, aqui e ali. Me lembro de ter entendido alguns "Hello", outros "Goodbye", uns "f. you" e por ai vai. Era um filme tenso, dava para ver pela expressão facial dos atores. Além do operador de videocassete, eu era também o professor, cheio de diplomas e que supostamente estava entendendo tudo. Eu olhava, despistadamente, para os outros alunos e pensava se era só eu que estava boiando. É claro, eu fazia cara de inteligente. Não podia ser desmascarado, o meu ganha-pão dependia daquele emprego.

Na semana seguinte, lá estava eu novamente, para exibir o filme da semana. Desta vez, a audiência tinha declinado consideravelmente. Acho que havia umas dez pessoas por lá. Novamente, não entendi quase nada do filme, além dos customeiros "hello", "goodbye", etc. Da terceira semana em diante, somente uma aluna comparecia às sessões. E eu continuava sem entender coisa alguma. E ficava meio revoltado de ter que perder a minha tarde de sábado, assistindo filmes que eu não entendia, e tudo isto para apenas para uma pessoa. Mas o pior é que eu não podia falar nada, pois supostamente eu estava entendendo tudo.

E esta história se desenrolou por uns seis meses. Um belo dia, ao assistir um filme, acho que deu um click na minha cabeça e entendi o filme inteiro. Bem assim, do nada, a coisa mudou. Nem acreditei. Eu nunca teria tido paciência para assitir tantos filmes sem entender nada. Ainda bem que fui forçado. Acho que em todos aqueles sábados alguma coisa foi se acumulando na minha cabeça e sendo processado de alguma forma. Ao final do processo, minha compreensão da língua inglesa falada tinha dado um enorme salto.

Nos próximos sábados, ao invés de lamentar o tempo perdido, passei a esperar ansiosamente pela oportunidade de assistir mais um filme. Lembre-se, eram os anos 80 e ninguém tinha videocassete e muito menos filmes para assistir. E eu podia desfrutar do privilégio praticamente sozinho. Mas, em um outro belo dia, assisti um outro filme em que, novamente, não entendi nada. Bateu uma baita frustração. Era um filme com o ator Burt Reynolds, sobre caminhoneiros americanos. Do Texas. Bom, na época eu não sabia, mas o inglês falado no Texas é bastante peculiar. Incompreensível para os não iniciados. Só fui saber disto muitos anos mais tarde, em uma visita aos EUA, em que encontrei um texano. Para minha surpresa, ele podia alternar entre um inglês que eu compreendia e outro, de sua terra natal, que era impenetrável.
Isto serviu para que eu removesse alguns de minhas crenças equivocadas. Uma delas é que um dia seremos capazes de entender tudo. Mentira. Existem regionalismos, pessoas que falam claramente, outras nem tanto. Se você está assistindo a um filme na TV, sua compreensão vai depender da qualidade do som da sua TV. No cinema é a mesma coisa. Indo mais longe, se você não estiver familiarizado com o assunto sendo discutido, você pode até entender as palavras, mas não conseguirá absorver a mensagem. Enfim, existe uma diversidade enorme de fatores que influenciam a sua compreensão do inglês falado, não basta apenas conhecer o idioma. Eu sempre digo, para entender e falar bem um idioma estrangeiro, devemos conhecer bem o nosso próprio idioma. Ler muito, mesmo em português, vai lhe ajudar a aprender mais facilmente qualquer outra língua.

O mais curioso, entretanto, é que nos impomos metas irreais em nosso aprendizado de uma língua estrangeira. Ignoramos o fato de que em nosso próprio idioma encontramos as limitações de que falei anteriormente, mas não nos damos conta disto. Temos dificuldade para entender algumas pessoas falando português, vamos ao cinema e não entendemos tudo do filme, a mesma coisa às vezes acontece quando assistimos TV. Mas não nos importamos. Se por outro lado, isto acontece quando estamos assistindo a um filme em inglês, e não entendemos, ficamos frustrados e pensamos que não temos habilidade para aprender línguas. Nos recusamos a ficar felizes em vista do que conseguimos entender, temos a eterna e maldita tendência a olhar para o lado errado, para o que não conseguimos fazer.


Mas tudo é tão simples e fácil, é só adotarmos uma postura correta. Hoje, depois de mais de trinta anos envolvido com o aprendizado e o ensino de idiomas, não posso dizer que tenho uma compreensão plena de tudo que ouço, pois isto é impossível, até para nativos do idioma. Mas aprendi que cada dia é um aprendizado novo, e este processo nunca vai se encerrar. Todas as línguas mudam, a forma de se falar muda, palavras novas aparecem e as pessoas falam de forma diferente. Se conseguirmos tomar consciência deste processo e passarmos a nos alegrar genuinamente com nossas conquistas e encararmos naturalmente nossas dificuldades, o aprendizado será mais rápido, mais prazeroso e muito mais divertido.